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A História de Mequinho no Xadrez Brasileiro

Chess Personalities
"Esta foi uma matéria feita para Henrique da Costa Mequinho em 1971 pelo seu incrível mérito no xadrez em sua vida, Mequinho mesmo com grandes conquistas e determinação, seu grande objetivo pelo título mundial acabou não sendo possível, mas a história de sua carreira permanece sendo recontada a todos os enxadristas do Brasil e do mundo."

O Brasil tem finalmente seu primeiro Grande Mestre Internacional de Xadrez: Henrique Costa Mecking, o nosso Mequinho. A criança-prodígio de Santa Cruz do Sul, que há seis anos atrás assombrava os enxadristas brasileiros conquistando o título de campeão nacional aos 13 anos de idade, passa agora a figurar entre os maiores nomes do xadrez mundial. Para um enxadrista normal, o título de GMI já significaria uma realização, Mequinho tem, no entanto, uma ambição maior: a de ser um dia campeão mundial. Atualmente com 19 anos de idade, quer empregar os próximos dez anos de sua vida na realização do seu sonho. Ele já venceu as principais etapas, e mesmo que não consiga a consagração suprema, ficará na história mundial do xadrez como um gênio.
Para melhor compreender o feito de Mequinho, é preciso saber, primeiro, o que é exatamente o título de Grande Mestre Nacional.
Quando um enxadrista conquista o campeonato de seu país, recebe o título de Mestre Nacional e adquire o direito de disputar os torneios zonais. A finalidade desses torneios zonais, organizados de quatro em quatro anos pela Federação Internacional de Xadrez, é indicar os jogadores mais fortes das diferentes partes do mundo. Atualmente, a Federação estabeleceu dez diferentes zonas de xadrez, a saber: Europa Ocidental, Europa Central, Europa Oriental, URSS, Estados Unidos e Canadá, América Central, América do Sul, Extremo Oriente, e Ásia Oriental e Austrália. O campeão de uma zona de xadrez adquire, automaticamente, o direito de disputar os torneios interzonais, organizadas pela Federação.
Todo cuidado é preciso obter, como pela classificação que o candidato é obrigado a conservar em disputas com perigosos adversários. Basta dizer que Mequinho, nos últimos torneios internacionais, venceu jogadores da categoria do ex-campeão mundial, Vassily Smyslov, e do ex-campeão da Rússia, Victor Kortchnoi, empatou com o atual campeão do mundo, Spassky, e enfrentou os grandes mestres Tigran Petrosian, Robert Fischer e Larsen. Dependendo de seu comportamento de ora em diante, Mequinho poderá chegar próximas eliminatórias para o mundial.
Para se ter uma ideia do valor do garoto-prodígio, basta repetir um depoimento do ex-campeão do mundo, Petrosian, que há um ano declarava a um jornalista iugoslavo: "Atualmente, só existem dois jogadores no mundo capazes de arrebatar á URSS a glória do título supremo: Robert Fischer e Henrique Costa Mecking, sendo que o último é ainda mais perigoso, por ser bem mais jovem."
A carreira de Mequinho é das mais fulgurantes que se possa imaginar: nascido no Rio Grande a 23 de janeiro de 1952, foi campeão de seu estado aos 12 anos, campeão brasileiro aos 13, campeão sul-americano aos 14 e daí por diante disparou numa escala de vitórias realmente impressionantes. Atravessou uma fase crítica, quando teve que impor à família e aos amigos sua opção pelo xadrez.
Depois de conseguir a ajuda oficial do Ministério da Educação, entregou-se inteiramente ao estudo do jogo-arte-ciência, e um dos grandes sonhos de sua vida é colocar o xadrez no currículo normal do ensino brasileiro.

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